segunda-feira, 18 de março de 2013

Do desafio...

Duas semanas depois de aqui publicar que aceitava o desafio posso considerar que está a ser positivo, embora hajam alguns momentos em que tenho que me retirar, respirar fundo e depois voltar á acção e desta vez, bem mais calma. No outro dia trouxe para casa um problema do trabalho que me estava a aborrecer, estava desiludida e até nervosa (coisa rara). Quando penteava o cabelo a uma piolha ela reclamava que lhe doía e eu estava a leste a pensar no problema... quase que saía "está calada que tenho que desembaraçar o cabelo" em tom de berro. Mas não saiu, em vez disso respirei fundo, continuei a penteá-la, mas tive o cuidado de agarrar o cabelo com a outra mão, de forma a fazer força contrária para não a magoar. Pensei para mim, mas que culpa é que a criança tem de alguém que não merece respeito estar a ocupar os meus pensamentos em vez de me ocupar com aquilo que realmente importa? E prossegui, desta vez sem reclamações. Se eu tenho evitado berrar alto? Tenho, acho que nem sequer tenho berrado... (havia momentos em que pensava nos vizinhos e em como eles deviam pensar "que família disfuncional aquela" quando nos ouviam a ralhar com as pequenas). Se as crianças andam mais calmas? Muito mais, terá concerteza a ver com o facto de não lhes berrar, mas também a ultimamente me sentir mais calma, tenho reflectido imenso sobre muita coisa e uma delas a nossa relação com elas... Tento ouvi-las, explicar-lhes como têm que ser as coisas e negociar com elas. Não é fácil, nada fácil! Se tiver em conta que uma delas tem um feitio daqueles em que a ultima palavra é sempre a dela, o desafio torna-se gingatesco. Penso que o essencial aqui é dar importância que realmente importa e negligenciar aquilo que afecta as nossas relações. E só o facto de termos a percepção disto é realmente muito positivo.

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